padeli675, vamos considerar o raio de luz que é emitido a um ângulo [tex3]\theta[/tex3]
, conforme definido abaixo. Seja [tex3]\phi[/tex3]
o ângulo que esse raio faz com a normal da esfera de raio [tex3]r[/tex3]
, seja [tex3]\varphi[/tex3]
o ângulo de refração na primeira refração, e seja [tex3]\alpha[/tex3]
o ângulo que o raio faz com a normal da esfera de raio [tex3]R[/tex3]
.
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Pela lei dos senos:
[tex3]\frac{\sin(180\degree-\theta)}{6,5}=\frac{\sin(\phi)}{6} \Longrightarrow \sin(\phi)=\frac{12}{13}\sin(\theta).[/tex3]
O seno do ângulo limite para a primeira refração é [tex3]\sin(\phi_c)=\frac{15}{16}>\frac{12}{13},[/tex3]
logo nunca haverá reflexão total na primeira refração.
Nesses problemas, você geralmente vai considerar que, se uma determinada refração ocorre, a transferência de luz é de 100%. Isso não é muito correto, mas, se não fizermos essa simplificação, os problemas podem ficar ficam muito complicados.
Na primeira refração: [tex3]1,5\sin(\varphi)=1,6\sin(\phi) \Longrightarrow \sin(\varphi)=\frac{64}{65}\sin(\theta).[/tex3]
Lei dos senos: [tex3]\frac{\sin(180\degree - \varphi)}{7,5}=\frac{\sin(\alpha)}{6,5} \Longrightarrow \sin(\alpha)=\frac{64}{75}\sin(\theta).[/tex3]
O seno do ângulo limite para a segunda refração é [tex3]\sin(\alpha_c)=\frac{1}{1,5}=\frac{2}{3}.[/tex3]
Vamos achar os valores de [tex3]\theta[/tex3]
que correspondem a [tex3]\alpha>\alpha_c \Longrightarrow \sin(\alpha)>\sin(\alpha_c)[/tex3]
:
[tex3]\frac{64}{75}\sin(\theta)>\frac{2}{3} \Longrightarrow \sin(\theta)>\frac{25}{32}.[/tex3]
Para [tex3]0 \leq \theta \leq \pi[/tex3]
, as soluções disso são [tex3]\theta_1<\theta<\theta_2[/tex3]
, com [tex3]\theta_1=\arcsin(25/32)[/tex3]
e [tex3]\theta_2=\pi - \arcsin(25/32).[/tex3]
Ou seja, nós achamos o intervalo de [tex3]\theta[/tex3]
que corresponde à reflexão total na última refração, ou seja, à luz não saindo do sistema. Vamos achar a que fração da potência luminosa esse intervalo corresponde (note que, para uma fonte isotrópica, a energia é uniformemente distribuída ao longo
da superfície de cada frente de onda esférica):
O diferencial de área (anel em posição polar [tex3]\theta[/tex3]
)em uma superfície esférica de raio [tex3]R[/tex3]
é [tex3]dA=2\pi R^2 \sin(\theta) d\theta \Longrightarrow A=2\pi R^2\int_{\theta_1}^{\theta_2}\sin(\theta) d\theta=2\pi R^2\left(\cos(\theta_1)-\cos(\theta_2)\right).[/tex3]
Temos [tex3]\cos(\theta_1)=\frac{\sqrt{399}}{32} \approx \frac{\sqrt{400}}{32}=\frac{5}{8},[/tex3]
e [tex3]\cos(\theta_2) \approx -\frac{5}{8}.[/tex3]
Assim: [tex3]A=\frac{5\pi R^2}{2}[/tex3]
, e a fração da área da esfera é [tex3]\frac{A}{4\pi R^2}=\frac{5}{8}.[/tex3]
Essa é a fração que corresponde à energia que não sai do sistema. A fração que sai é [tex3]1-\frac{5}{8}=\boxed{37,5\%}[/tex3]