Considerando a lógica sentencial apresentada, julgue os itens subsequentes.
O argumento do suspeito é um argumento válido.
ERRADO
Pelo que eu entendi do método, você busca uma situação em que o argumento seja inválido e não o contrário, ou seja, como você mesmo já falou, uma situação onde a conclusão seja falsa e todas as premissas verdadeiras.Eu coloquei a conclusão como falsa e foi possível uma premissa falsa, portanto concluí argumento válido.
Sim, porque são coisas distintas, mas você não pode dizer que, se uma premissa é falsa por conta de uma conclusão falsa, então o argumento é válido.já resolvi vários exercícios onde eu fixo conclusão como falsa e é possível que uma ÚNICA premissa seja falsa , e o argumento é válido.
Sempre é possível se concluir sobre a validade de um argumento, pois ela se baseia única e exclusivamente na análise do encadeamento lógico das afirmações.É possível que NÃO SE POSSA CONCLUIR sobre a validade do argumento.
Sim, significa, um argumento sempre é válido ou inválido. Só será indeterminado se você não for capaz de concluir se existe lógica entre premissas e conclusão, mas isso depende unicamente do seu conhecimento sobre o assunto e nada tem a ver com o método.Veja que isso NÃO SIGNIFICA NECESSARIAMENTE que o argumento é INVÁLIDO.
Uma proposição é uma frase declarativa. Algo que possui valor-verdade. Tanto premissas quanto conclusões são proposições. Mas, de fato, esse não é o ponto que estamos discutindo aqui.acho que estamos com problema de nomenclatura, o que eu chamo de premissa pode ser entendido como proposição.
Aqui ele está falando exatamente a mesma coisa que falou em (1), apenas com palavras diferentes. Dizer que, quando todas as minhas premissas forem verdadeiras, a minha conclusão também tem que ser, é a mesma coisa que dizer que, se minha conclusão for falsa, pelo menos uma das minhas premissas também deve ser. E dá para ver isso claramente se lembrarmos que2) Conclusão falsa e pelo menos uma das premissas falsas
Exatamente! Encontrei um caso onde a conclusão é falsa, mas todas as premissas são verdadeiras! O objetivo do método da conclusão falsa é exatamente esse. Encontrar esse caso é necessário e suficiente, por isso parei a análise de outros casos.O passo decisivo para você afirmar que o argumento é inválido foi quando você TESTOU r = V
Não, não. Um caso onde a conclusão é falsa, assim como pelo menos uma das premissa, não configura um argumento válido.Só que você NÃO TESTOU r = F
b.2.1) F
c.2.1) V--> F = F
Argumento válido? e aí?
Para finalizar, vou comentar uma parte que achei interessante.Anexo 3ª aula:
Validade e Verdade
Antes de nos debruçarmos sobre a questão da validade, é importante termos em mente
que a verdade é uma propriedade das proposições, ao passo que a validade é uma propriedade
dos argumentos. É incorreto falar em proposições válidas. As proposições não são válidas nem
inválidas. As proposições só podem ser verdadeiras ou falsas. Também não é correto dizer que
os argumentos são verdadeiros ou que são falsos. Os argumentos não são verdadeiros nem falsos.
Os argumentos dizem-se válidos ou inválidos.
Feitas estas considerações, podemos dizer que um argumento dedutivo é válido quando as
premissas e a conclusão estão de tal maneira relacionadas que é impossível o caso de as
premissas serem verdadeiras e a conclusão falsa. Repare que, para um argumento ser válido, não
basta que as premissas e a conclusão sejam verdadeiras. É preciso que seja impossível que as
premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa.
Considere o seguinte argumento:
Todo homem é mortal.
Sócrates é mortal.
Logo, Sócrates é homem.
Este argumento tem premissas verdadeiras e conclusão verdadeira e, contudo, não é
válido. Não é válido, porque não é impossível que as premissas sejam verdadeiras e a conclusão
falsa. Podemos perfeitamente imaginar uma circunstância em que Sócrates fosse mortal (por
exemplo, Sócrates é o nome do cachorrinho de minha irmã), e, neste caso, a conclusão já seria
falsa, apesar de as premissas serem verdadeiras. Portanto, o argumento é inválido.
Considere, agora, o seguinte argumento:
João e José são alunos do 3º ano.
Logo, o João é aluno do 3º ano.
Este argumento é válido, pois é impossível que a premissa seja verdadeira e a conclusão
falsa. Ao contrário do argumento anterior, neste não podemos imaginar nenhuma circunstância
em que a premissa seja verdadeira e a conclusão falsa. Imagine que João não seja aluno do 3º
ano. Isto significa que a conclusão é falsa, mas a premissa também é falsa.
Repare, agora, no seguinte argumento:
Todos os números primos são pares.
Nove é um número primo.
Logo, nove é um número par.
Este argumento é válido, apesar de suas premissas e conclusão serem falsas. Todavia,
este caso não impede a aplicação da noção de validade dedutiva anteriormente apresentada. Se as
premissas deste argumento fossem verdadeiras seria impossível que a sua conclusão fosse falsa.
Como se pôde perceber, a validade de um argumento dedutivo depende da conexão
lógica entre as premissas e a conclusão do argumento e não do valor de verdade das proposições
que constituem o argumento. Num argumento dedutivo válido, a conclusão deriva
necessariamente de suas premissas, situação que não acontece num argumento dedutivo inválido.
É por este motivo que a conclusão deve ser verdadeira quando as premissas são verdadeiras.
Todavia, é importante salientar que não basta que as premissas e a conclusão sejam verdadeiras.
A partir disso, repare que podemos ter:
1. Argumentos válidos, com premissas verdadeiras e conclusão verdadeira;
2. Argumentos válidos, com premissas falsas e conclusão falsa;
3. Argumentos válidos, com premissas falsas e conclusão verdadeira;
4. Argumentos inválidos, com premissas verdadeiras e conclusão verdadeira;
5. Argumentos inválidos, com premissas verdadeiras e conclusão falsa;
6. Argumentos inválidos, com premissas falsas e conclusão falsa; e
7. Argumentos inválidos, com premissas falsas e conclusão verdadeira.
Mas não podemos ter:
8. Argumentos válidos, com premissas verdadeiras e conclusão falsa.
Neste sentido, podemos determinar a validade de um argumento dedutivo a partir da
seguinte regra: mesmo que as premissas do argumento não sejam verdadeiras, imagina que são
verdadeiras. É possível alguma circunstância em que as premissas sejam verdadeiras e a
conclusão falsa? Se sim, então o argumento não é válido. Se não, então o argumento é válido.
Diante de tais constatações, vemos que há lugar para uma ciência que estuda apenas a
validade ou invalidade dos argumentos, sem se preocupar com a verdade ou falsidade das
sentenças envolvidas. Tal ciência é a Lógica, que pode ser definida como o estudo dos princípios
que regem a inferência (ou argumento) válida (o) (Margutti, 2001, p. 27).
Eu aceito isso. O ponto é que, apesar de ser possível, não é suficiente para dizer que o argumento é válido, pois argumentos inválidos também podem ter premissas e conclusão falsos.rramenzoni escreveu: ↑27 Fev 2019, 14:45 Marcelo você insiste em não aceitar que é possível argumento válido com conclusão falsa e uma premissa falsa!