Depois desta data, começa a crescer a onda que vai derrubar a instituição monárquica. Ela viveria ainda alguns anos, às vezes até com o antigo brilho. Os homens mais lúcidos, no entanto, sabiam que o Império estava condenado. Em 1868 começa o seu declínio, até chegar à queda em 1889. Ele já revelara o seu potencial, o que tinha de positivo e negativo. Agora ia viver quase que vegetativamente, pois eram sabidos os seus limites.
A data de 1868 encerra o período de esplendor e abre o de crises que levarão à sua ruína.
(Iglésias, in Sérgio Buarque de Holanda, História geral da civilização brasileira, 1977, v. 7, p. 112).
Em referência àquele marco cronológico, o fenômeno histórico decisivo para a paulatina derrocada da Monarquia foi:
a) a inversão partidária, com a ascensão dos conservadores ao poder, colocando-se os liberais na oposição e levando a um crescente acirramento nas disputas entre os partidos imperiais.
b) a aprovação da Lei do Ventre Livre, que causaria profundo golpe no sistema escravista brasileiro, rompendo um dos elos de sustentação da forma monárquica.
c) o encerramento da Guerra da Tríplice Aliança, a qual provocou significativas perdas humanas e materiais, além de ter promovido o retorno de militares influenciados pelos ideais republicanos.
d) a promulgação do Ato Adicional que permitiu uma maior autonomia para as províncias, caminho que levaria à federação, pressuposto institucional que traria consigo a forma republicana de governo.
e) a Questão Religiosa, que levou à ruptura entre o Imperador e a Igreja Católica, enfraquecendo-se, assim, uma das bases da Monarquia brasileira.
Resposta
A