Leia atentamente o texto abaixo sobre a teoria do hábito em David Hume.
E é certo que estamos aventando aqui uma proposição que, se não é verdadeira, é
pelo menos muito inteligível, ao afirmarmos que, após a conjunção constante de dois objetos
– calor e chama, por exemplo, ou peso e solidez –, é exclusivamente o hábito que nos faz
esperar um deles a partir do aparecimento do outro.
HUME, D. Investigações sobre o entendimento humano e sobre
os princípios da moral. São Paulo: Editora UNESP, 2004. p. 75.
Com base na Teoria de Hume e no texto acima, marque a alternativa INCORRETA, ou seja, aquela que de modo
algum pode ser uma interpretação adequada desse texto.
A) A conjunção constante entre dois objetos explica a força do hábito e, conseqüentemente, o procedimento da inferência.
B) A hipótese do hábito é conseqüente com a teoria de Hume, de que todo o nosso conhecimento é construído por
experiência e observação.
C) Se a causalidade fosse construída a priori e de modo necessário, não seria preciso recorrer à experiência e à
repetição para que de uma causa fosse extraído o respectivo efeito.
D) O hábito jamais pode ser a base da inferência. Em virtude disso, os conceitos de causa e efeito jamais podem se
aplicar a qualquer objeto da experiência.
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