LiteraturaArcadismo Tópico resolvido

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Madu1
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Arcadismo

Mensagem não lida por Madu1 »

Em 1768, perante o conde de Valadares, novo governador da capitania das Minas Gerais, o poeta
Cláudio Manuel da Costa leu os versos de sua autoria, que vão transcritos abaixo:
“Aqui não é como no fresco Tejo
Ou como no Mondego, onde já vimos
Um e outro pastor cantar sem pejo.
Ao jeito desta serra nos cobrimos
De um bem tosco gibão, qual n’outra idade
Não trouxe algum, da música fugimos.
Vivemos só da vil necessidade.
Da luta, jogo ou dança, algum vaqueiro
Bem livre está de vir aqui se agrade.
Tristes de nós neste país grosseiro. [...]”
Considerando-se que o poeta, nascido em Mariana-MG, encontrava-se em solo brasileiro, nesses seus versos o
sujeito poético compõe uma espécie de “canção do exílio às avessas”, pois, mesmo estando no Brasil, ele não se
sentia propriamente identificado com o “seu país”. De acordo com os versos acima, assinale a única alternativa que
colabora para explicar essa sensação experimentada pelo sujeito poético:

a)Ele se aborrece por ter sempre que rememorar, em sua própria terra, a paisagem europeia.
b)Ele sente prazer em estar cercado pela grosseria dos homens da sua própria terra.
c)Suas recordações da Europa são idealizadas.
d)Sua proposta poética encontra ajuste no ideal da paisagem local.
e)A paisagem brasileira seria a mais perfeita representação do locus amoenus.
Resposta

C
Por que não pode ser a A?




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CogitoErgoGre
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Fev 2021 01 22:00

Re: Arcadismo

Mensagem não lida por CogitoErgoGre »

Oii Madu, tudo bom?

então, de forma direta, a abordagem do Claudin manuel ("O Glauceste") é muito mais idealizada e saudosista do que necessariamente crítica: não se aborrece por rememorar a paisagem europeia, uma vez que esse é o único artifício que o liga à mesma.



"Dada a vastidão do espaço e na imensidão do tempo, é uma alegria poder compartilhar um planeta e uma época com você."
- C. Sagan

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