LiteraturaProsa ultraromântica Tópico resolvido

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IGFX
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Set 2018 05 23:44

Prosa ultraromântica

Mensagem não lida por IGFX »

Quando dei acordo de mim, estava num lugar escuro: as estrelas passavam seus raios brancos entre as vidraças de um templo. As luzes de quatro círios batiam num caixão entreaberto. Abri-o. Era o de uma moça. Aquele branco da mortalha, as grinaldas da morte na fronte dela, naquela tez lívida e embaçada, o vidrento dos olhos mal-apertados… Era uma defunta! E aqueles traços todos me lembraram uma ideia perdida… Era o anjo do cemitério! Cerrei as portas da igreja que, ignoro porque, eu achara abertas. Tomei o cadáver nos meus braços para fora do caixão. Pesava como chumbo. Tomei-a no colo. Preguei-lhe mil beijos nos lábios. Ela era bela assim. Rasguei-lhe o sudário, despi-lhe o véu e a capela, como noivo os despe à noiva. Era mesmo uma estátua: tão branca era ela. A luz dos tocheiros dava-lhe aquela palidez de âmbar que lustra os mármores antigos.

O fragmento retirado da obra Noite na Taverna, do escritor Álvares de Azevedo, distingue-se no Romantismo brasileiro como um exemplar da prosa ultraromântica, porque apresenta um (a)

a) conflito entre dualidades, representado na figura do anjo e na do cemitério.
b) linguagem concisa, com emprego escasso de adjetivos e advérbios.
c) narrador retratando liricamente uma cena fúnebre e sombria.
d) personagem feminina descrita com contornos idealizados.
e) privilégio do fluxo de consciência de um narrador subjetivo.
Resposta

C




Pãodamontanha
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Re: Prosa ultraromântica

Mensagem não lida por Pãodamontanha »

Caixão entreaberto Lembremos da cena de um velório.
Era uma defunta Lembremos do corpo dentro do caixão.
Anjo do cemitério,cadáver,pesada como chumbo,tomei a no colo, sudário (despi o veu) e a capela, estátua, tão branca quanto o dela.
Tudo isso mostra a morte e a decomposição do corpo. O corpo fica pesado e rígido,pelo vigor mortis,o corpo todo começa a se contrair. Com o sangue não passa mais,o corpo fica pálido.




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