LiteraturaParnasianismo Tópico resolvido

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Lucabral
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Jun 2018 10 15:29

Parnasianismo

Mensagem não lida por Lucabral »

A pátria
Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!
Criança! não verás nenhum país como este!
Olha que céu! que mar! que rios! que floresta!
A Natureza, aqui, perpetuamente em festa,
É um seio de mãe a transbordar carinhos.
Vê que vida há no chão! vê que vida há nos ninhos,
Que se balançam no ar, entre os ramos inquietos!
Vê que luz, que calor, que multidão de insetos!
Vê que grande extensão de matas, onde impera,
Fecunda e luminosa, a eterna primavera!
Boa terra! jamais negou a quem trabalha
O pão que mata a fome, o teto que agasalha...
Quem com o seu suor a fecunda e umedece,
Vê pago o seu esforço, e é feliz, e enriquece!
Criança! não verás país nenhum como este:
Imita na grandeza a terra em que nasceste!
BILAC, O. Poesias infantis. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1929. 6 Lit.

Publicado em 1904, o poema A pátria harmoniza-se com um projeto ideológico em construção na Primeira República. O discurso poético de Olavo Bilac ecoa esse projeto, na medida em que:

a) a paisagem natural ganha contornos surreais, como o projeto brasileiro de grandeza.
b) a prosperidade individual, como a exuberância da terra, independe de políticas de governo.
c) os valores afetivos atribuídos à família devem ser aplicados também aos ícones nacionais.
d) a capacidade produtiva da terra garante ao país a riqueza que se verifica naquele momento.
e) a valorização do trabalhador passa a integrar o conceito de bem-estar social experimentado.
Resposta

B

Última edição: Lucabral (Dom 10 Jun, 2018 15:29). Total de 1 vez.


-Você marcha, José!
José, para onde? [Carlos Drummond de Andrade]

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Sypru
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Re: Parnasianismo

Mensagem não lida por Sypru »

Olá. A grande sacada aqui é o trecho "(...) jamais negou a quem trabalha". O "jamais" sugere que a prosperidade ("O pão que mata a fome") é atemporal, logo, independe das políticas vigentes a partir da síntese de que a estrutura governamental passou por diversas fases, mas a prosperidade fornecida pela terra, segundo Bilac, manteve-se operante.



"Eu não sou eu nem sou o outro,
Sou qualquer coisa de intermédio:
Pilar da ponte de tédio
Que vai de mim para o Outro" - Mário de Sá-Carneiro.

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