Literatura(Literatura Brasileira) Figuras de linguagem Tópico resolvido

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MatheusBorges
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(Literatura Brasileira) Figuras de linguagem

Mensagem não lida por MatheusBorges »

Identifique os recursos estilísticos empregados nos textos abaixo. Trata-se de metáfora, comparação ou metonímia?

a)Para a florista
as flores são como beijos,
são como filhas,
são como fadas disfarçadas.
(Roseana Murray)

b) Sou metal, raio, relâmpago e trovão
Sou metal, eu sou outro em brasão.
Sou metal: me sabe o sopro do dragão
(Legião Urbana)

c) Cesso o bailado do povo nas ruas
Dançando quadrilhas pra lá e pra cá.
(Ascenso Ferreira)

d) O trem da juventude é veloz
Quando foi olhar já passou
Os trilhos do destino cruzando entre nós
Pela vida trazendo o novo
(Herbert Viana)

Pessoal, vou mencionar o que raciocínei abaixo, veja:
a) Pensei em metáfora pois, flores não é empregado usualmente como sentido de beijos, filhas etc.
b) Parece comparação pois o eu-lírico da a entender através dos objetos algumas semelhanças em relação à sua pessoa.
c) Acredito que está invertido bailado e quadrilhas, pelo texto entendi que tem uma relação de implicação ou seja metonímia.
d) Deu a entender que é uma metáfora, pois não existe trem da juventude.

Não tenho gabarito. Obrigado.
:D

Última edição: MatheusBorges (Dom 07 Jan, 2018 17:49). Total de 2 vezes.


A alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido e não na vitória propriamente dita.
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Re: (Literatura Brasileira) Figuras de linguagem

Mensagem não lida por Catador »

MafIl10, eu vou tentar ajudar vc aqui, mas o Bruno Nery é top nesse assunto e poderia fazer comentários mais assertivos.

a) Nessa alternativa eu marcaria comparação, pois há o conectivo "como" que faz a comparação explícita. No caso da metáfora não poderia haver esse conectivo e a transposição de um meio para o outro seria feita apenas mentalmente o que caracterizaria uma metáfora;
Para a florista
as flores são como beijos,
são como filhas,
são como fadas disfarçadas.
(Roseana Murray)

b) Nesse caso, para mim seria metáfora, pois não há presença de conectivo para estabelecer a comparação, portanto trata-se de uma comparação implícita, o que caracteriza uma metáfora, por exemplo "Sou metal, eu sou outro em brasão" seria equivalente a "Sou como metal...". Veja que é necessário uma transposição mental para comparar o "eu" com o "metal"

c) Concordo

d) Concordo contigo, além disso, é bom frisar que não há presença de conectivo, logo trata-se de comparação implícita (metáfora).

Última edição: Catador (Dom 07 Jan, 2018 18:33). Total de 2 vezes.



Catador
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Re: (Literatura Brasileira) Figuras de linguagem

Mensagem não lida por Catador »

Comparação e metáfora
Figuras muito recorrentes nos textos literários, a comparação e a metáfora fazem parte do grupo das figuras de palavras, também conhecidas como tropo – emprego figurado de palavra ou expressão.

A comparação e a metáfora são muito parecidas. Ambas empregam as palavras fora do seu sentido normal, por analogia. A diferença entre elas está no uso de termos comparativos.

A comparação usa alguns termos de conexão para comparar características entre dois ou mais elementos. Por exemplo: Os olhos dela eram como duas jabuticabas.

A metáfora é um tipo de comparação implícita, sem termo comparativo, estabelecendo uma relação de semelhança, usando termos com significados diferentes do habitual. Por exemplo: A menina é um doce!

Nos exemplos, olhos e jabuticabas são comparados por analogia: as jabuticabas são redondas e escuras como os olhos da pessoa em questão. No caso do exemplo de metáfora, a menina é comparada a um doce por ser meiga, gentil, prestativa. Ou seja, doce, aqui, ganha significado diferente do habitual.
Fonte:
http://educacao.globo.com/portugues/ass ... afora.html



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MatheusBorges
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Re: (Literatura Brasileira) Figuras de linguagem

Mensagem não lida por MatheusBorges »

Catador, é isso mesmo, faz mais sentido!
Muito obrigado!


A alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido e não na vitória propriamente dita.
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Re: (Literatura Brasileira) Figuras de linguagem

Mensagem não lida por Catador »

MafIl10 escreveu:
Dom 07 Jan, 2018 19:22
Catador, é isso mesmo, faz mais sentido!
Muito obrigado!
Eu fiquei com a mesma dúvida que você quando estudei esse assunto, pois livros de humanas ficam "dando volta" para explicar diferenças simples de maneira objetiva.
Eu que agradeço pelo post pq é uma maneira de eu treinar o conhecimento tb!



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Re: (Literatura Brasileira) Figuras de linguagem

Mensagem não lida por MatheusBorges »

Catador, sim por livros está difícil progredir em humanas, talvez vou assinar o proenem pra dar um "up".


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Re: (Literatura Brasileira) Figuras de linguagem

Mensagem não lida por Catador »

MafIl10 escreveu:
Dom 07 Jan, 2018 19:30
Catador, sim por livros está difícil progredir em humanas, talvez vou assinar o proenem pra dar um "up".
Eu vou usar o material do hexag em paralelo com o stoodi para ambientar algumas matérias de difícil compreensão, tanto é que optei pelo plano de "reforço escolar" para poder ter versatilidade ao usar o material.
Eu não sei se interessa para vc, mas o hexag disponibilizou o material integral do cursinho juntamente com os simulados e cronogramas:
http://www.cursinhoparamedicina.com.br/hexag-solidario/

Obs. O legal é q tem os simulados e vc poderia terminar o livro 1 por exemplo e já testar seus conhecimentos tanto no modelo enem como outros vestibulares que almejar.
Ainda falando em humanas, eu vou transcrever uma dica do professor Dimas de história sobre como estudar a matéria e construir resumos. Ele apelidou de "GUIA COMPLETO DE COMO NÃO PASSAR NO VESTIBULAR, INDO MAL EM HISTÓRIA", mas no fundo são dicas de como estudar a matéria e extrair os pontos mais importantes. Eu achei tão interessante que estou usando a metodologia para outras matérias, como Português, Biologia, Geografia.

GUIA COMPLETO DE COMO NÃO PASSAR NO VESTIBULAR, INDO MAL EM HISTÓRIA
Ao longo de 15 anos, trabalhando como professor de História em cursos pré-vestibulares e no ensino médio, percebi que os alunos, de modo geral, não têm uma metodologia de estudo apropriada ou simplesmente não adotam qualquer metodologia. Resolvi então elencar as práticas mais comuns que levam os alunos a um mau desempenho nas provas.

1. A poderosa caneta marca texto.

É incrível o fascínio que alguns alunos têm por essa ferramenta como se, ao destacar uma palavra ou trecho com cores vibrantes, pudesse realizar o milagre da aprendizagem. Em diversas ocasiões, enquanto estava lecionando, percebi que muitos alunos simplesmente grifavam ou marcavam quase todo o texto. Tinha a impressão de que se eu espirrasse, os alunos buscariam isso no texto. Ao término da aula, o que se destacava na apostila dos grifadores inveterados era justamente o que não tinha sido marcado. A caneta marca texto deve ser usada com critério e moderação. Em textos de História, devem ser destacadas apenas as palavras-chave para a compreensão do assunto. Por exemplo, em um texto sobre os fatores da Revolução Russa, deve ser destacada a palavra “czarismo”, forma de governo autocrático que causava grande descontentamento das camadas populares.

2. Não sei resumir. Para mim tudo é importante.

Problema comum entre os alunos e diretamente relacionado ao item anterior. Essa situação é decorrente da falta de uma metodologia de análise dos temas históricos. Para identificar o essencial, procure sempre responder às seguintes perguntas:

a) O que é (são)? Ao buscar a resposta para essa pergunta no texto ou na lousa, você irá identificar a definição ou conceito de um determinado assunto.

b) Quais são os fatores ou causas? Procurando a resposta para essa pergunta, você consegue entender as razões dos eventos e processos históricos. Como ter um bom desempenho nos vestibulares se você não vê o porquê ou o sentido de assuntos como a Primeira Guerra Mundial? Nossa memória tende a fixar aquilo que faz algum sentido, se não faz, ela descarta.

c) Quais as características? Responder a essa pergunta permite ao vestibulando estabelecer comparações entre assuntos e perceber suas semelhanças e peculiaridades. Por exemplo, certa vez uma questão de vestibular cobrava do aluno as semelhanças e diferenças entre o escravismo moderno e o escravismo na Antiguidade. Conhecendo as características da escravidão nestes dois momentos, a resposta seria dada sem dificuldades.

d) Quais são as consequências? Busque no texto os efeitos ou resultados do tema estudado. O entendimento das causas de um fato histórico pode estar associado ao conhecimento das consequências de outro fato. Exemplo: é impossível compreender os fatores da ascensão do nazismo na Alemanha sem analisar as consequências da Primeira Guerra Mundial.

3. Esqueça as datas. Elas não caem mais no vestibular.

Esta é uma falácia que vem sendo repetida por muitos professores nos últimos anos. É inegável que hoje se cobram muito menos as datas do que nas provas do passado, mas acreditar que os anos e os séculos não são mais solicitados aos vestibulandos, pode ser uma aposta perigosa. Para confirmar isso, veja o enunciado desta questão da Unesp 2013: “O Brasil assistiu, nos últimos meses de 1822 e na primeira metade de 1823”, e na sequência as alternativas. Não se deve valorizar demasiadamente as datas, pois a história tem um processo em que as transformações acontecem de forma gradual e não abruptamente em um dia ou em um ano. No entanto, as datas são importantes para que possamos localizar os eventos no tempo.

4. Não misture História do Brasil com História Geral.

Se você quer ter um desempenho sofrível na prova de História dos vestibulares, essa é uma boa dica. Um exemplo de como isso pode ser desastroso é a independência do Brasil. Para o pleno entendimento do nosso processo de emancipação política é imprescindível estabelecer a sua relação com a conjuntura europeia do século XIX. Napoleão Bonaparte dava as cartas do jogo político europeu da época e com a iminência da invasão de Portugal pelas tropas francesas, D. João VI optou, com a ajuda da Inglaterra, transferir a corte para o Brasil. Isso, sem sombra de dúvida, acelerou o processo de independência deste País.

5. Navegue pela internet e descubra o “admirável mundo novo” da História.

Com certeza a internet é uma ferramenta mais do que útil, indispensável nos estudos do vestibulando. Porém, trata-se de um território repleto de perigos. Vou citar dois. Um deles é a infinidade de sites pouco ou nada confiáveis. Converse com seu professor de História e peça sugestões de sites em que você possa realmente encontrar informações confiáveis. Não são muitos, mas existem. Outro perigo é a falta de foco. É comum os alunos relatarem que quando vão pesquisar alguma dúvida de História na internet, acabam se empolgando, abrindo novos links e quando se dão conta, passaram-se 40 minutos e estão bem distantes do tema da dúvida. Não se esqueça, que diante da quantidade assustadora de conteúdos para serem estudados de todas as matérias, perder a objetividade pode ser fatal. Portanto, resista às tentações e pare de ficar abrindo links. Concentre-se no assunto em questão e bons estudos.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do Hexag.

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SOBRE O AUTOR
Professor Dimas História
DIMAS
Dimas é professor de História no Hexag Vestibulares
Fonte:
http://www.cursinhoparamedicina.com.br/ ... -historia/
Última edição: Catador (Seg 08 Jan, 2018 01:09). Total de 1 vez.



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Re: (Literatura Brasileira) Figuras de linguagem

Mensagem não lida por Catador »

Quando eu comentei que os livros não enfatizam a diferença entre metáfora e comparação por exemplo, na verdade isso acontece com outros conceitos também, normalmente eles jogam os conceitos de maneira avulsa nos livros e, quando vc vai resolver exercícios, normalmente eles exploram essas diferenças, características, causas e consequências. Então se vc ao ler o livro ficar atento a esses detalhes e já levantar questões desse tipo durante a leitura, poderá tocar nos pontos mais importantes e já se prepara para estar em melhores condições de resolver as questões.
Eu não sei se escrevi um texto longo demais, mas essas foram as dificuldades que eu encontrei ao estudar humanas.



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Re: (Literatura Brasileira) Figuras de linguagem

Mensagem não lida por MatheusBorges »

Catador, rs grande parte dessas dicas eu pratico, quando digo humanas, é especificamente Português. História, Geografia e as outras matérias tem muito conteúdo bom na internet que ajuda a pegar esses "detalhes" que nos livro ficam "mascarado". Entretanto eu estou lendo muito, acredito que isso ajudará futuramente o meu escrever e falar na forma culta. Obrigado, vou usar os simulados!
:D
Última edição: MatheusBorges (Seg 08 Jan, 2018 01:34). Total de 1 vez.


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Jan 2018 08 01:39

Re: (Literatura Brasileira) Figuras de linguagem

Mensagem não lida por Catador »

MafIl10 escreveu:
Seg 08 Jan, 2018 01:33
Catador, rs grande parte dessas dicas eu pratico, quando digo humanas, é especificamente Português. História, Geografia e as outras matérias tem muito conteúdo bom na internet que ajuda a pegar esses "detalhes" que nos livro ficam "mascarado". Entretanto eu estou lendo muito, acredito que isso ajudará futuramente o meu escrever e falar na forma culta. Obrigado, vou usar os simulados!
:D
Português é um dos meus pontos fracos, particularmente literatura,ou melhor, era em 2017 (pensamento positivo)..haha
Bons estudos!

Última edição: Catador (Seg 08 Jan, 2018 02:05). Total de 1 vez.



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