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LiteraturaUNIFESP - O Cortiço Tópico resolvido

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ivanginato23
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UNIFESP - O Cortiço

Mensagem não lida por ivanginato23 »

(UNIFESP) A questão a seguir baseia-se no seguinte fragmento do romance O cortiço (1890), de Aluísio Azevedo (1857-1913):

O cortiço

Fechou-seum entra-e-sai de marimbondos defronte daquelas cem casinhas ameaçadaspelo fogo. Homens e mulheres corriam de cá para lá com os tarecos aoombro, numa balbúrdia de doidos. O pátio e a rua enchiam-se agora decamas velhas e colchões espocados. Ninguém se conhecia naquela zumba degritos sem nexo, e choro de crianças esmagadas, e pragas arrancadaspela dor e pelo desespero. Da casa do Barão saíam clamores apopléticos;ouviam-se os guinchos de Zulmira que se espolinhava com um ataque. Ecomeçou a aparecer água. Quem a trouxe? Ninguém sabia dizê-lo; masviam-se baldes e baldes que se despejavam sobre as chamas.
Os sinos da vizinhança começaram a badalar.
E tudo era um clamor.
ABruxa surgiu à janela da sua casa, como à boca de uma fornalha acesa.Estava horrível; nunca fora tão bruxa. O seu moreno trigueiro, decabocla velha, reluzia que nem metal em brasa; a sua crina preta,desgrenhada, escorrida e abundante como as das éguas selvagens,dava-lhe um caráter fantástico de fúria saída do inferno. E ela ria-se,ébria de satisfação, sem sentir as queimaduras e as feridas, vitoriosano meio daquela orgia de fogo, com que ultimamente vivia a sonhar emsegredo a sua alma extravagante de maluca.
Ia atirar-se cá parafora, quando se ouviu estalar o madeiramento da casa incendiada, queabateu rapidamente, sepultando a louca num montão de brasas. (AluísioAzevedo. O cortiço)

Em O cortiço, o caráter naturalista da obrafaz com que o narrador se posicione em terceira pessoa, onisciente eonipresente, preocupado em oferecer uma visão crítico-analítica dosfatos. A sugestão de que o narrador é testemunha pessoal e muitopróxima dos acontecimentos narrados aparece de modo mais direto eexplícito em:

a) Fechou-se um entra-e-sai de marimbondos defronte daquelas cem casinhas ameaçadas pelo fogo.
b) Ninguém sabia dizê-lo; mas viam-se baldes e baldes que se despejavam sobre as chamas.
c) Da casa do Barão saíam clamores apopléticos...
d) A Bruxa surgiu à janela da sua casa, como à boca de uma fornalha acesa.
e) Ia atirar-se cá para fora, quando se ouviu estalar o madeiramento da casa incendiada.
Resposta

E
Por que a alternativa D está errada? O fato do narrador saber, até mesmo, o sentimento do personagem não o torna narrador onisciente e onipresente?

Editado pela última vez por ivanginato23 em 16 Out 2017, 13:01, em um total de 2 vezes.
Quer nos ver vencer, o único que pode nos deter.
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undefinied3
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Re: UNIFESP - O Cortiço

Mensagem não lida por undefinied3 »

Mas não é isso que a questão quer. Ela quer um trecho que mostre maior proximodade do narrador com o fato narrado, o que, na maioria das vezes, desaparece na narração onisciente já que o narrador acaba narrando tudo de maneira muito distante por não participar dos fatos.
A letra D não apresenta a proximidade pedida, trata-se apenas de um comentário com certa adjetivação da cena. A letra E é sem dúvida a resposta em virtude do "cá para fora", que seria "aqui para fora". Esse "aqui" aproxima bastante o narrador da narrativa pois ele estaria assumindo uma posição no meio da história, sendo, portanto, quase parte dela.

Ocupado com início do ano no ITA. Estarei fortemente inativo nesses primeiros meses do ano, então busquem outro moderador para ajudar caso possível.

Autor do Tópico
ivanginato23
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Re: UNIFESP - O Cortiço

Mensagem não lida por ivanginato23 »

Verdade! Vacilo meu. Agradeço!

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