A exposição de células em cultura a esse óleo causou alterações em proteínas e no material genético (DNA), prejudicou funções celulares e levou parte delas à morte.
A curiosidade e a luta pela sobrevivência levaram pescadores e catadores de lixo a "inventar" novos usos para esse material, como formicida, óleo para bronzeamento ou massagem e remédio para dores nas juntas, inflamações e vitiligo. Essas práticas trazem vários riscos à saúde dos usuários, já que o líquido dos bastões, além de tóxico para as células e o DNA, pode provocar alergias e mutações. O uso do conteúdo dos atratores luminosos como bronzeador pode levar a processos inflamatórios e a envelhecimento precoce e a desenvolvimento de câncer de pele, incluindo o temido melanoma. A exposição de células do fígado (mantidas em cultura) a um volume mínimo (0,25 microlitro) do líquido extraído de atratores luminosos usados, dissolvido em 20 mililitros do meio de cultura, levou 20% dessas células à morte após 16 horas.
A análise do comportamento dos constituintes dos atratores luminosos, inclusive das suas repercussões na vida nos níveis celular e molecular, permite afirmar:
01) As funções celulares são prejudicadas porque resíduos tóxicos impedem a ocorrência simultânea dos processos de transcrição e tradução inerente à célula eucariótica.
02) Hepatócitos e células epiteliais evidenciam em suas características específicas a expressão de todo o genoma, uma vez que se originam de uma mesma célula-ovo por processos de multiplicação e diferenciação.
03) Mutações presentes em gametas de indivíduos submetidos à contaminação decorrente dos atratores podem ser transmitidas à descendência, mas não se manifestam nas células adultas devido à perda seletiva de genes em processo de especialização.
04) A reprodução das células epiteliais, que pode ocasionar a formação de tumores, está subordinada a estrutura tubular citoplasmática - uma aquisição evolutiva do padrão celular eucariótico.
05) Ciclos curtos e alta capacidade mitótica são características inerentes a células especialistas, como hepatócitos e células epiteliais.
Resposta
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