Além de pavimentar o caminho para uma revolução na medicina, o sequenciamento do genoma humano permitiu que cientistas identificassem uma série de genes relacionados ao comportamento. Não se passa um mês sem que um novo estudo associe determinado gene à tendência de adquirir certo traço de personalidade, ou a desenvolver um hábito ou um vício - desde que o gene seja "ligado" pelo ambiente em que a pessoa vive. A mais recente dessas pesquisas, conduzida pela Universidade de Essex, na Inglaterra, debruça-se sobre o gene responsável pelo transporte de serotonina, neurotransmissor associado a sensações como o bem-estar e a felicidade. Uma variação nesse gene estaria relacionada à maneira como cada um processa as informações positivas ou negativas - ou seja, à tendência a ser otimista ou pessimista. O gene do otimismo, como foi batizado pela comunidade científica, já havia sido rastreado pela equipe da geneticista Mayana Zatz, da Universidade de São Paulo, em parceria com o geneticista João Ricardo de Oliveira, da Universidade Federal de Pernambuco, durante uma pesquisa para tentar descobrir a influência genética de doenças psíquicas. Tanto a pesquisa da Universidade de Essex quanto a da Universidade de São Paulo realizaram testes com grupos de voluntários para aferir quantos deles tinham o gene do otimismo. No caso dos ingleses, 16% o possuíam. Entre os brasileiros, a marca bateu 40%. Antes que se conclua que o Carnaval tem origem genética, é bom esclarecer que esses estudos precisam ser confirmados em outras populações. De qualquer maneira, parece claro que o brasileiro é mais propenso a olhar o mundo com otimismo. O pesquisador de genética evolutiva Ricardo Kanitz, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, diz que o índice favorável aos brasileiros pode ter origem na mistura de etnias e nacionalidade promovida pela colonização e pelas ondas migratórias do início do século XX. [...]
Utilizando as informações do texto e os conhecimentos sobre genética molecular, é correto afirmar:
1) O RNA transportador de células eucarióticas é responsável pelo transporte das proteínas do núcleo para o citoplasma.
2) Pessoas que apresentam o gene responsável pelo transporte da serotonina são otimistas, independentemente do ambiente em que vivem.
3) Diferentes células de um paciente expressam o mesmo conjunto de genes, já que todas elas são portadoras da mesma informação genética.
4) Uma alteração genética que inviabilize o reconhecimento da região promotora de um determinado gene acarreta a falta de expressão da caraterística associada a ele.
5) A expressão genética, em geral, resulta da produção de proteínas ativas e, para que um gene seja expresso, é necessário que ele seja inicialmente duplicado.
Alguém poderia me explicar o erro da 3?