Química Geral(UNEB 2014/2) Nox e estequiometria Tópico resolvido

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CherryBoy
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(UNEB 2014/2) Nox e estequiometria

Mensagem não lida por CherryBoy »

O crescimento de filamentos de prata no tungstato potencializou a já conhecida capacidade do material de combater a proliferação de bactérias. Isso aconteceu porque os filamentos de prata são altamente reativos em meio úmido — onde podem se formar colônias de superbactérias — e produzem radicais livres, que combatem os micro-organismos. Os radicais livres reagem com as diferentes moléculas presentes no biofilme, provocando uma alteração no metabolismo de sua membrana, o que causa a morte das bactérias. As bactérias superresistentes, que surgiram, em parte, devido ao uso indiscriminado de antibióticos ao longo do tempo, tornaram-se um grave problema de saúde pública. O fato de esses micro-organismos serem muito tolerantes aos remédios torna as infecções por eles causadas mais agressivas ao ser humano. (RIBEIRO. 2013. p. 20).

De acordo com as informações do texto sobre as aplicações do tungstato de prata, Ag2WO4, em testes de combate à bactéria Staphylococcus aureus, uma das mais disseminadas no ambiente hospitalar e fora dele, considerando o raio covalente do elemento químico prata igual a 134pm, é correto afirmar:
a) O estado de oxidação do tungstênio no ânion tungstato é IV.
b) O cátion Ag+ é mais eficaz na eliminação da bactéria Staphylococcus aureus do que a prata zero, Ago.
c) Para reduzir cátions, Ag+, a prata zero em um mol de tungstato de prata são necessários 6,02.1023 elétrons.
d) Um filamento de prata de 100nm contém, aproximadamente, 373 átomos de prata empilhados um sobre o outro.
e) Um átomo gasoso de prata, ao receber um elétron proveniente de uma das bases nitrogenadas de um nucleotídeo de bactérias, libera mais energia que um átomo de flúor, nas mesmas condições.
Resposta

R=D



''Você precisa de uma razão para não querer perder?''

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Jigsaw
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Re: (UNEB 2014/2) Nox e estequiometria

Mensagem não lida por Jigsaw »

CherryBoy escreveu:
Qui 11 Ago, 2022 11:41
O crescimento de filamentos de prata no tungstato potencializou a já conhecida capacidade do material de combater a proliferação de bactérias. Isso aconteceu porque os filamentos de prata são altamente reativos em meio úmido — onde podem se formar colônias de superbactérias — e produzem radicais livres, que combatem os micro-organismos. Os radicais livres reagem com as diferentes moléculas presentes no biofilme, provocando uma alteração no metabolismo de sua membrana, o que causa a morte das bactérias. As bactérias superresistentes, que surgiram, em parte, devido ao uso indiscriminado de antibióticos ao longo do tempo, tornaram-se um grave problema de saúde pública. O fato de esses micro-organismos serem muito tolerantes aos remédios torna as infecções por eles causadas mais agressivas ao ser humano. (RIBEIRO. 2013. p. 20).

De acordo com as informações do texto sobre as aplicações do tungstato de prata, Ag2WO4, em testes de combate à bactéria Staphylococcus aureus, uma das mais disseminadas no ambiente hospitalar e fora dele, considerando o raio covalente do elemento químico prata igual a 134pm, é correto afirmar:
a) O estado de oxidação do tungstênio no ânion tungstato é IV.
b) O cátion Ag+ é mais eficaz na eliminação da bactéria Staphylococcus aureus do que a prata zero, Ago.
c) Para reduzir cátions, Ag+, a prata zero em um mol de tungstato de prata são necessários 6,02.1023 elétrons.
d) Um filamento de prata de 100nm contém, aproximadamente, 373 átomos de prata empilhados um sobre o outro.
e) Um átomo gasoso de prata, ao receber um elétron proveniente de uma das bases nitrogenadas de um nucleotídeo de bactérias, libera mais energia que um átomo de flúor, nas mesmas condições.

CherryBoy,

d) Um filamento de prata de 100nm contém, aproximadamente, 373 átomos de prata empilhados um sobre o outro.

[tex3]\begin{cases}
1\ nm=10^3\ pcm \\
100=x
\end{cases}[/tex3]

[tex3]\boxed{x=10^5\ pm}[/tex3]

Considerando o raio covalente do elemento químico prata igual a 134pm (diâmetro = 2 x 134):

[tex3]\begin{cases}
1\ átomo=2\times134\ pm \\
y=10^5\ pm
\end{cases}[/tex3]

[tex3]\boxed{y=373\ átomos}[/tex3]




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CherryBoy
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Re: (UNEB 2014/2) Nox e estequiometria

Mensagem não lida por CherryBoy »

Jigsaw, obrigada pela resposta! Consegui eliminar as alternativas ''a'' e ''e'', mas ainda fiquei com algumas dúvidas nas outras. Você pode me explicar o porquê de não poder ser ''b'' ou ''c''?


''Você precisa de uma razão para não querer perder?''

lmtosta
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Re: (UNEB 2014/2) Nox e estequiometria

Mensagem não lida por lmtosta »

CherryBoy,


Letra b) Trata-se mais de uma questão de interpretação de texto. Veja que o enunciado afirma que o crescimento de filamentos de prata no [tex3]Ag_2WO_4[/tex3] potencializou, ou seja, melhorou, aumentou, a capacidade do material de combater a proliferação de bactérias.

Quando se fala em "filamento", podemos pensar em uma estrutura relativamente rija e fixa, linear ou não, e para isso precisamos de prata metálica, pois os íons prata não podem formar filamentos, já que estão hidratados/solvatados no meio reacional ou dentro de celas cristalinas do sal cercados por íons tungstato, de modo que somente átomos de prata nativos, no estado, digamos, "natural", com nox zero, podem se aproximar e se "alinhar" para formar filamentos!!!!!!!!!

Logo, o texto acaba deixando claro que os filamentos de prata (metálica, sólida, nox zero) que devem formar-se em torno do sal tungstato melhoram o combate aos micro-organismos, ou seja, a prata nativa, metálica, melhora a capacidade do sal neste combate, de modo que prata metálica é melhor que íons prata para tal finalidade!!!!!!!!!

Como a alternativa afirma justamente o contrário, logo é falsa!!!!!!!!!

Letra c) Note, pela fórmula do tungstato de prata, que 1 mol do sal contém 2 mol de íons prata. Como a relação de íons prata e elétrons para reduzí-los é de 1 para 1, então precisamos de 2 mol de elétrons para reduzir os 2 mol de íons prata do sal tungstato de prata. Logo, necessitamos do dobro de elétrons, ou seja:

[tex3]N = 2 mol-elétrons * 6,02.10^{23} \frac{elétrons} {mol-elétrons} = 12,04.10^{23} elétrons[/tex3] !!!!!!!!!!

Portanto, falso também!!!!!!!!!!



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Re: (UNEB 2014/2) Nox e estequiometria

Mensagem não lida por CherryBoy »

lmtosta, obrigada! Fiquei confusa com a alternativa ''b'' porque pensei que, devido a necessidade da formação de radicais livres para combater as bactérias, o Ag+ seria mais eficiente, uma vez que é um cátion e, logo, possui carga, sendo maior a possibilidade de interagir com as moléculas do metabolismo bacteriano.


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lmtosta
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Re: (UNEB 2014/2) Nox e estequiometria

Mensagem não lida por lmtosta »

CherryBoy,


Cuidado!!!!!!!!!!

Radicais Livres são diferentes de espécies eletricamente carregadas!!!!!!!!!

Radicais Livres são eletricamente neutros, porém possuem elétrons desemparelhados em suas estruturas, ou seja, possuem elétrons "soltos", sem fazer pares com outros elétrons. Exemplo:

O ânion cloreto é diferente do radical cloro!!!!!!!!

O ânion cloreto tem seus elétrons de valência emparelhados, vinculados aos pares, mas como tem um elétron a mais em relação a prótons no núcleo, sua carga é negativa!!!!!!!!!

Diferente do radical cloro, que é eletricamente neutro, com número de prótons iguais a número de elétrons, mas possui um elétron sem fazer par com outro elétron, motivo pelo qual é bastante reativo!!!!!!!!!

O radical cloro é formado em cisões homolíticas, em que um dos elétrons de uma ligação química fica com o cloro e o outro elétron fica com a outra espécie!!!!!!!!!

Radicais livres são, portanto, ainda mais reativos do que cátions e ânions convencionais, pois precisam se emparelhar urgentemente a algum outro elétron por alguma outra ligação química, ao passo que cátions e ânions podem se manter carregados, desde que haja um efeito estabilizador adicional proporcionado por hidratação/solvatação de moléculas no meio reacional!!!!!!!!!

Acredito que sua confusão surgiu por achar que espécies carregadas eletricamente e radicais livres fossem a mesma coisa, quando na verdade não o são!!!!!!!!!



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Re: (UNEB 2014/2) Nox e estequiometria

Mensagem não lida por CherryBoy »

lmtosta, anotado. Obrigada!
lmtosta escreveu:
Sáb 13 Ago, 2022 14:57
Acredito que sua confusão surgiu por achar que espécies carregadas eletricamente e radicais livres fossem a mesma coisa, quando na verdade não o são!!!!!!!!!
Na verdade não, minha confusão está relacionada com a formação dos radicais livres. Imaginei que o Ag0, por ser neutro, não seria capaz de formá-los. Acho que minha dúvida maior é como os radicais seriam formados com a prata metálica.


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lmtosta
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Re: (UNEB 2014/2) Nox e estequiometria

Mensagem não lida por lmtosta »

CherryBoy,

CherryBoy escreveu:
Sáb 13 Ago, 2022 16:13
Na verdade não, minha confusão está relacionada com a formação dos radicais livres. Imaginei que o Ag0, por ser neutro, não seria capaz de formá-los. Acho que minha dúvida maior é como os radicais seriam formados com a prata metálica.
Entendi.

O mecanismo de formação de radicais livres em filamentos metálicos envolve, por exemplo, um fenômeno de superfície conhecido como "Adsorção Química"!!!!!!!!

Existem bons textos na internet e em livros de Química de Ensino Superior que abordam esse tema, caso queira se aprofundar no assunto!!!!!!!!!




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